Peixes Transgênicos: Novo brilho e mais controvérsia sobre os transgênicos:
Uma notícia que ganhou espaço nos meio de comunicação recentemente teve haver com o desenvolvimento de uma linhagem de peixes ornamentais (para uso em aquários decorativos) que recebeu um novo pedaço de DNA (um gene) inserido em seu genoma. Esse novo gene era originalmente encontrado no genoma de uma anêmona do mar (um cnidário parente dos corais e águas vivas) e quando inserido no DNA do peixe deu origem a peixes com uma coloração especialmente brilhante e atraente.
Paulistinha Transgênico
Paulistinha normal
O peixe geneticamente alterado é um velho conhecido dos amantes de aquários sendo conhecido em português como peixe "paulistinha". Apesar do nome trata-se de uma espécie de peixe de água doce originária da Ásia que foi levado para os quatro cantos do planeta pelos criadores de peixes ornamentais (ele é chamado de paulistinha por que seu corpo tem listras parecidas com a bandeira do Estado de São Paulo e seu nome em inglês é "zebra fish" sendo que seu nome cientifico é Brachydanio rerio).
Acontece que esse pequeno peixe também é usado em uma série de experimentos científicos e em especial em estudos sobre o impacto da poluição das águas sobre os seres vivos. Por esse motivo, pesquisadores de Singapura teriam escolhido inserir no DNA do "paulistinha" genes que fizessem com que os peixes ficassem coloridos quando a água em que eles vivessem estivesse contaminada por poluentes (o gen é ativado pela presença de poluentes nas células do peixe e dessa forma eles poderiam funcionar como verdadeiros "analisadores vivos" de contaminação da água ).
Daí foi um passo para criação de um outro tipo de paulistinha transgênico com um novo gen que ficava sempre ativado (mesmo na ausência de poluentes) e que produzia uma nova coloração escarlate permanente, muito mais brilhante e atraente do que a do peixe original. Esse novo tipo de paulistinha transgênico está começando a ser vendido como peixe ornamental.
Acontece que esse novo paulistinha transgênico causou muita preocupação entre os ambientalistas pela possibilidade de ele vir a frequentar aquários no mundo inteiro de onde poderia escapar e contaminar os ecossistemas aquáticos.
Os criadores do peixe transgênico contudo, afirmam que o novo tipo de paulistinha escarlate provavelmente nunca conseguirá se manter em ecossistemas naturais não representando assim uma ameaça para as espécies nativas.
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